Com a passagem da Páscoa – tanto a católica (no início de Abril) quanto a judaica (no final de Março) – é comum pensar em Israel como destino turístico. Aos que acreditam, no entanto, motivados pelos conflitos expostos nos jornais e revistas, que se trata de um destino violento, a surpresa será grande. Israel mostra a seus visitantes que é muito mais do que um dos protagonistas na luta por uma das mais disputadas regiões do planeta.
Conhecido sobremaneira – e inevitavelmente – por seus pontos turísticos ligados à religião, terra natal de Jesus Cristo, terra santa para as doutrinas monoteístas, o país tem muito mais a oferecer a quem se interessa por desvendar uma cultura que praticamente define o dia de milhares de cristãos, muçulmanos e judeus de todo o mundo.
Pátria de um povo forte, com história marcante, que criou sua própra arte marcial, o Krav Magá, e que conta com um dos mais intrigantes serviços secretos do mundo, o Mossad, retratado frequentemente no cinema. Israel energia pura. Variedades e interesses diversos não faltam ao destino marcado por identidade tão forte que, muitas vezes, isso dificulta a sua promoção como um país que vai além do turismo religioso. Os conflitos também não ajudam na percepção, porém ficam de lado uma vez que o turista chega e começa a vivenciar o país.
Nem só de religião, mas…
Praticamente todos os lugares visitados pelo turista em Israel têm alguma ligação com a história antiga, seja ela religiosa ou não. Segundo a tradição Judaica a criação do Mundo se deu no Monte Moriah, em Jerusalém. No alto do monte está a Mesquita de Omar, com sua cúpula dourada, que guarnece o altar do famoso sacrifício de Abrahão e seu filho Isaac, lcal sagrado para judeus, cristãos e muçulmanos.
Antes, ali ficava uma sinagoga, daí sua proximidade com o Muro das Lamentações, que é na verdade o que sobrou do templo que ocupava a área aonde hoje está a mesquita.
Um passeio pela cidade pode começar pelo Monte das Oliveiras, de onde se tem uma vista geral de Jerusalém velha e se pode visitar o Santuário Dominius Flevil (em latim, ‘o senhor chorou’). Já na cidade Velha propriamente dita, parada obrigatória é o Muro das lamentações, local sagrado para os Judeus.
Outro ponto é a via Dolorosa, ou Via Sacra, o último caminho feito por Jesus, de acordo com a tradição cristã, do tribunal ao Monte de Goigotá, onde foi crucificado e enterrado. As estações estão marcadas com diversos símbolos e levam à Igreja do Santo Sepulco, onde se encontram as principais relíquias cristãs, como a pedra da unção (onde o corpo de Jesus foi preparado antes do enterro) e sua sepultura.
Ainda na cidade velha, outra visita imperdível é a Torre de Davi, sede do Museu da História de Jerusalém, que conta com um ótimo show noturno com músicas compostas especialmente para o local, além de imagens projetadas em suas históricas paredes. Mas Jerusalém não é só religião. A cidade conta com inúmeros museus, como o Museu de Israel, o Museu de História Natural e o Memorial do Holocausto Yad Vashem, ma visita difícil, mas necessária.
Propriedades terapêuticas
No caminho de Jerusalém para o Mar Morto pode-se visitar o parque de Oumran, onde foram encontrados, em 1947, os Manuscritos do Mar Morto. Escondidos em jarros por mais de dois mil anos, eles estão em exposição no Santuário do Livro do Museu de Israel, em Jerusalém.
Às margens do Mar Morto existem inúmeros hotéis, alguns de redes internacionais, para atender a grande demanda de visitantes que buscam as propriedades medicinais de sua água, com concentrações de sal e minerais tão grandes que o corpo não afunda. Pode tentar. Não é só água, no entanto, que atrai os visitantes. Por estar a mais de 400 metros abaixo no nível do mar, a atmosfera local é livre de polens. Assim, é mais seguro tomar sol, o que torna a religião um dos centros de referência mundial em tratamentos de pele.
Ainda na região está belíssima fortaleza de Masada, instalado no alto de um platô de 450 m, construída pelo rei Hernandes e Patrimônio da Humanidade tomabado pela Unesco em 2001.
Sermão da Montanha
O lago Tiberlades, ou lago Kinneret, também conhecido como Mar da Galiléia, concentra diversos locais citados no Novo Testamento, em uma época que é considerada a fase civil de Jesus. A principal cidade da região é Tiberíades, uma típica localidade praiana, com calçadão e restaurantes as margens do lago, com grande variedade de acomodações.
O lago é alimentado principalmente pelo Rio Jordão, que continua até o Mar Morto. Ao sul encontra-se o parque de Yardenit, que celebra o Batismo de Jesus por João Bastista.
Ainda ao redor do Mar da Galiléia, em Cafamaum, encontram-se as ruínas da casa aonde morava o apóstolo Pedro, o primeiro papa da igeja católica, e da Sinagoga Branca, além do monte das Beatitudes, onde Jesus pronunciou o Sermão da Montanha.
Segurança
A segurança está no cotidiano, principalmente dos turistas, que estranham o número de militares nas ruas. Mas está também nas ruas das cidades, onde se pode andar com muita tranqüilidade à noite, assim como grupos de adolescentes e mulheres desacompanhadas o fazem. Aliás, há quem questione se o risco de uma bomba não é menor do que ao que está exposto quem vive no cotidiano violento de algumas metrópoles mundiais e brasileiras.
A indagação pode parecer uma loucura para quem acha que Israel se reduz aos conflitos tão expostos nos noticiários. Mas é inevitável de passar pela cabeça do turista que desvenda o país e se dá conta que ali vive um povo interessante, que convive com as diferenças (é comum ver árabes e judeus conversando nas ruas) e que não deparou com uma cena violenta se quer.
Para mais informações de Israel acesse: http://www.interpoint.com.br/Destinos/Israel/Israel
Roteiro de 5 dias para Israel : http://www.interpoint.com.br/Destinos/Israel/Israel-2010-5-dias
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