Capital da Bulgária se moderniza

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Passagem obrigatória em um tour pelo leste europeu profundo, a capital da Bulgária, Sófia, conjuga ao mesmo tempo uma vasta arquitetura do século XIX com uma parte mais moderna, que começou a ser erguida durante os mais de 50 anos de domínio soviético. Traz resquícios da Europa comunista contrastando com bairros de lojas de luxo ocidentais. Construída aos pés da bela montanha Vitosha, Sófia, ainda dispõe de uma situação geográfica que favorece tanto aos esportes de inverno, como o esqui, como as aventuras de verão, especialmente o alpinismo e os passeios em bosques e cascatas.

Com 1,25 milhão de habitantes, Sófia é a 12ª cidade da Europa. Certamente, ela não faz parte das cidades mais bonitas do Velho Continente, já que a profunda crise econômica em que e encontra e a necessidade de adaptação às regras da União Europa não fazem o embelezamento das cidades ser uma prioridade dos governos, ao menos por enquanto. Mas Sófia é interessante justamente por apresentar ao visitante ocidental um pouco do “lado B” do continente, uma cidade que, apesar das dificuldades, apresenta um patrimônio histórico e cultural preservado e, pouco a pouco, em vias de ser restaurado.

As principais atrações da cidade se concentram no centro, uma área reduzida onde um passeio a pé pode levar o visitante a qualquer um dos principais pontos turísticos em 15 ou 20 minutos. Ao redor do centro, a capital vive o seu curso normal e abriga bairros residenciais, onde os bondes – antigos, mas não sem charme – circulam sem parar e o comércio de rua é pulsante. Nestas regiões, a arquitetura stalinista – minimalista, com linhas retas e, sobretudo, funcional – toma conta.

A catedral Alexandre Nevsky, a mais antiga da península balcânica e uma das maiores da igreja católica ortodoxa, é a construção mais imponente de Sófia, de onde virou símbolo. Ao perceber suas cúpulas arredondadas, você vai ter certeza de que se encontra mesmo no leste europeu e vai inevitavelmente lembrar das igrejas ortodoxas russas. A semelhança não é à toa: a basílica foi construída em homenagem aos soldados russos mortos na guerra russo-turca de 1877-1878, e que liberou a Bulgária do domínio otomano.

A Alexandre Nevsky, em estilo neo bizantino, foi erguida entre 1882 e 1912, e pode receber até 7 mil fiéis. Não deixe de observá-la nas laterais e perca 15 minutos se afastando para poder apreciar o conjunto da obra. Sua cúpula principal fica a 45 metros do solo, e por dentro traz a inscrição Pater Noster em finas letras em ouro. No interior, a imponência das pinturas sacras não se abala pela passagem do tempo: embora tenha um ar sombrio pela falta de restauração – as paredes estão bastante escurecidas -, a decoração da catedral é luxuosa, com muito mármore italiano, detalhes em ouro e até ônix trazido do Brasil. Parte da decoração, como a porta e os vitrais, foi importada da Alemanha e da Áustria. Na cripta, um museu de arte sacra apresenta objetos litúrgicos, manuscritos, pinturas e uma das coleções mais valiosas de ícones da Europa.

Saindo da catedral, logo em frente encontra-se a Basílica Santa Sofia, que deu seu nome à capital, no século XV. Construída em tijolos vermelhos, na época era a maior basílica bizantina fora de Constantinopla. Seguindo pela rua Rakovski em direção ao oeste, o turista encontra duas outras joias da capital búlgara, o Teatro Nacional Ivan Vazov e a Ópera da Sófia. O teatro foi recentemente restaurado, ganhando sua cor vermelho-sangue original. Nos arredores, também se encontram os prédios oficiais, como o da Presidência, da Assembleia Nacional.

Ao final, chega-se ao principal entroncamento de avenidas da capital, onde repousa, sobre um enorme obelisco, a figura de Santa Sofia segurando um pássaro – outro dos símbolos da cidade. Seguindo à direita, há uma região mais moderna de Sófia, com lojas tradicionais francesas, italianas ou inglesas, restaurantes descolados e bares com mesinhas nas calçadas.

Os preços acessíveis são um convite para os excessos – não bastasse a leva, a moeda búlgara, valer a metade do euro, os valores são ainda inferiores aos praticados nos outros países.

Já no lado oposto, a leste da catedral, vale uma visita à Universidade de Sófia, a mais antiga do país, e à Biblioteca Nacional, que conserva um imenso arquivo contando a história de guerras e impérios por onde a Bulgária passou.

Os resquícios das infinitas batalhas que sangraram a história de Sófia e da Bulgária, há séculos disputada por diferentes povos, são um dos pontos marcantes da visita à capital. Mais distante do centro, ainda há a mesquita Banya Bashi, que apesar de ser a única mesquita em funcionamento em Sófia, representa um longo período em que os muçulmanos eram muito presentes na Bulgária. Hoje, eles são estimados em 8,6 mil praticantes. A mesquita foi planejada por um dos principais arquitetos do império otomano, Mimar Sinan.

Fonte: Terra

Para mais informações: www.interpoint.com.br

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