Butão: reino da felicidade

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Paro é a porta de entrada para o Butão, pequeno reino do Himalaia, localizado entre os gigantes China e Índia, na Ásia. Paro não é a capital – a sede administrativa é Thimphu -, mas a única cidade do país que tem aeroporto. A 2.250 metros acima do nível do mar, o vale é também um dos principais pontos de partida para algumas das montanhas mais altas do mundo, como a Gangkhar Puensum (7541 metros acima do nível do mar) e a Jumolhari (7314).

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Uma das nações mais pobres do globo, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), o Butão também figura entre as dez mais felizes, segundo pesquisa da University of Leicester, no Reino Unido. O país tem fome zero, analfabetismo zero, índices de violência insignificantes e nenhum mendigo nas ruas. Não há registro de corrupção administrativa e o povo adora o rei, Jigme Khesar Namgyal Wangchuck, o quinto em cem anos de monarquia (1907-2007).

O pequeno reino de 38,4 mil quilômetros quadrados é menor do que o Estado do Rio de Janeiro. Tem 72,5% de sua área coberta por florestas, 34 rios e uma biodiversidade de dar inveja a muitos países ricos. Também abriga cerca de 2000 templos e monastérios budistas, um deles – Kichu Lakhang -construído em 659 d.C, em Paro.

Os butaneses são simples, hospitaleiros e muito gentis. Não apresentam os sinais de estresse, pressa e impaciência tão comuns nas culturas ocidentais. A qualquer pergunta do tipo: “posso fazer isso?”, eles respondem invariavelmente o mesmo: “se isso te faz feliz, sim”.

A arquitetura é uma das maiores atrações do Butão. Os prédios e casas têm estrutura de madeira e taipa (barro amassado). As estacas são esculpidas e encaixadas umas nas outras sem a ajuda de pregos. O acabamento dos telhados é feito e pintado a mão. Em muitas construções, desenhos de pênis enfeitam as paredes caiadas (pintadas com pó branco, extraídos do arroz), em homenagem ao guru Drukpa Kuenley, deus da fertilidade.

Casas são geralmente construídas sem projeto arquitetônico, mas os butaneses fazem consultas astrológicas antes de erguer suas residências, algumas com cerca de 900 anos. Os dzongs têm formato ligeiramente piramidal – largos na base e mais estreitos no topo.

Algumas pinturas dos prédios são verdadeiras obras de arte, com dragões e desenhos de flores, bolas, portais e rodas da sorte (um dos símbolos do Butão) – todos coloridos. A casa butanesa típica é grande. Tem quatro andares que abrigam animais (térreo), diferentes gerações da família – avós no primeiro, pais e filhos no segundo – e suprimentos de inverno.

Para proteger seu patrimônio cultural e ecológico, o governo faz campanhas nas escolas rurais, treina guias turísticos e controla o turismo com mão de ferro. Oficialmente, o país abriu as portas aos estrangeiros em 1974, depois de séculos de isolamento e de muitas discussões sobre impacto sociocultural promovidas pelo rei e seus oficiais.

Aproximadamente 29 mil estrangeiros visitam o Butão anualmente, e cerca de 70% manifestam desejo de voltar em menos de cinco anos, segundo pesquisa realizada pelo Departamento de Turismo do governo.

A melhor época para visitar o país é de outubro a maio, por causa dos festivais de máscaras e dança (outubro) e das comemorações pelo Dia Nacional (17 de dezembro). Quem tem o propósito de fazer “trekking” pelo Himalaia deve evitar os meses de novembro a fevereiro, quando muitas trilhas são bloqueadas pela neve.

Agosto e setembro são tradicionalmente chuvosos e também pouco recomendados para “trekking”. Nesta época, a visibilidade cai e muitos vôos são cancelados. A temperatura média anual no Butão varia de 10 a 30 graus centígrados, mas a variedade de microclimas é grande. Thimphu e Punakha, por exemplo, são mais quentes que Paro e Bumthang, que têm mínimas que beiram os cinco graus negativos em janeiro.

Fonte: UOL

Para mais informações: www.interpoint.com.br.

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ásia, butão

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