Vizinha de destinos turísticos de peso, como Madagascar e Seychelles, Mauritius não se cansa de mostrar para o mundo seu talento multidisciplinar.
Passado histórico escrito por mãos europeias e asiáticas; tradições religiosas, como hinduísmo e islamismo que, harmoniosamente, são praticadas em templos que chegam a dividir o mesmo endereço; geografia impressionante recortada por montanhas de origens vulcânicas e banhada por águas mornas de tons turquesas do Índico, rodeada por recifes de corais; e variedade linguística capaz de reunir em uma mesma rua placas de trânsito em inglês, anúncios publicitários em francês e uma simpática população local que se comunica em línguas crioulas.
Esse antigo pedaço de terra desabitado de 1865 km², em pleno oceano Índico, já abrigou árabes, os primeiros navegantes a chegarem à região; portugueses que, nos primeiros anos do século 16, acrescentava Mauritius na lista de territórios descobertos; e holandeses, os primeiros viajantes a colonizar o destino.
Os séculos seguintes assistiram à chegada de franceses e ingleses que, mais do que protagonizar disputas territoriais acirradas, foram responsáveis pela introdução das línguas oficiais do destino.
No entanto, foram os indianos que deixaram as marcas mais profundas. Com o fim da abolição da escravatura, na primeira metade do século 19, Mauritius recebeu uma onda de indianos vindos de Calcutá e Bombai que, esperançosos, buscavam oportunidades de trabalho nas plantações de cana-de-açúcar, uma das principais bases da economia mauriciana.
Basta circular pelas pequenas cidades dessa ilha de 65 km de extensão, a 2000 km da costa sudeste do continente africano, para testemunhar os coloridos típicos das vestimentas e da culinária trazidas da Índia.
Embora forme parte do arquipélago Mascarenhas, um conjunto de atóis e ilhas como Reunião e Rodrigues, Mauritius é o destino mais visitado da região e sua capital, a caótica Port Louis, a principal porta de entrada.
Em matéria de história, Mauritius esbanja detalhes, mas seu mais famoso cartão-postal ainda são as praias de mansas águas, exageradamente, turquesas que tocam sem pressa pequenas faixas de areias finas e claras.
Casais em lua de mel, famílias com crianças e até noivos que trocam as alianças em discretas cerimônias a beira mar são os visitantes estrangeiros mais comuns nessa ex-colônia britânica que ganhou sua independência há pouco mais de 40 anos e se tornou um dos mais cobiçados destinos do oceano Índico desde a chegada dos primeiros forasteiros e que, desde o século 10, nunca mais deixaram de desembarcar naquelas terras de geografia inspiradora.
Fonte: UOL Viagem.
Para mais informações: www.interpoint.com.br.
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