Bariloche investe cada vez mais em infraestrutura

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Uma fênix. Assim pode ser definida a cidade San Carlos de Bariloche que, depois de passar por adversidades naturais, renovou-se por inteiro para o início da temporada de inverno 2012. Mais de US$55 milhões foram investidos  em infraestrutura e em melhorias no turismo, tais como novos empreendimentos imobiliários, limpeza e jardinagem, adequação, reforma e renovação dos equipamentos de esqui em Cerro Catedral e o mais importante: a reestruturação do Aeroporto Internacional Teniente Luis Candelaria, que recebeu cerca de US$20 milhões em equipamentos de ultimas geração, que o tornaram o mais moderno e bem equipado da América Latina.

BARILOCHE

Outra boa notícia é a erupção do vulcão Puyehue, que tanto atrapalhou o tráfego aéreo da região do ano passado, já está perdendo a força. Dessa forma, Bariloche espera receber mais de 18 mil brasileiros entre os meses de junho e agosto, quando o inverno “aquece” o turismo na região.

Turismo – Com suas belezas naturais e paisagens deslumbrantes, Bariloche é uma cidade emocionante, hospitaleira e romântica. Por lá, nunca falta o que fazer! Além das montanhas onde se podem praticar esqui e snowboard (Cerros Catedral e Tronador) destacam-se o Parque Nacional Nahuel Huapi, a travessia dos lagos andinos até o Chile, Isla Victoria (no lago), e os percursos turísticos chamados Circuito Chico e Circuito Grande. Há aulas de esqui para pessoas de todas as idades.

Um deles é o Circuito Chico, normalmente o primeiro para quem desembarca na região. Do centro da cidade (de carro) se percorre 65 quilômetros até a Villa Llao Llao. No caminho há uma parada no Cerro Campanário, onde está uma das sete melhores vistas do mundo, de acordo com a revista americana ‘National Geographic”. Alí  há oito belíssimos mirantes. Se existir alguém para explicar onde fica o oeste, talvez aviste o Chile, uma cadeia de montanhas nevadas por trás de outra cadeia de montanhas com lagos entre elas.

Normalmente o Circuito Chico é combinado com uma visita ao Cerro Catedral, atividade que acontece a tarde, geralmente depois do almoço. Parta com os pacotes já adquiridos aqui no Brasil (é possível compra à parte). Nesse tempo curto não é possível esquiar, mas já dá para apreciar os mirantes da montanha. Mas vale a pena uma volta com tempo para a prática de boas esquiadas.

Outro passeio imperdível para ver a cidade do alto é ir ao Cerro Otto. No cume do Cerro há uma confeitaria giratória, um mirante lindo e um ‘breguíssimo’ museu de cópias de obras-primas da arte ocidental, como o Davi, de Michelangelo.  Todos esses picos parecem aperitivos quando comparados ao mais alto deles, o Cerro Tronador, 3 554 metros acima do nível do mar e a 90 quilômetros de Bariloche, já na fronteira com o Chile. Para conhecê-lo é necessário um dia inteiro, pois boa parte do trajeto é em estrada precária. No caminho há dois belos lagos, o Mascardi e o Gutierrez, além de outro pico, o Cerro dos Emparedados.

Outra forma de chegar ao Cerro Tronador e conhecer Bariloche é navegando pelos muitos lagos da região, sempre partindo do pequeno porto próximo ao Hotel Llao Llao. O roteiro clássico vai até a Isla Victoria e ao Bosque Arrayanes, com duração de meio dia ou um dia inteiro. No caminho, a atração são as gaivotas, que comem biscoitos nas mãos dos turistas e acompanham o barco durante toda a viagem.

Hospedagem – Bariloche tem muitas opções de hospedagem. Desde de hotéis boutique/design até opções super econômicas para os mochileiros. A hospedagem é um capítulo à parte. Por lá, existem resorts luxuosos que proporcionam o melhor do lazer e do bem estar, com spas sofisticados e restaurantes que oferecem os sabores da excelente gastronomia da Patagônia, incorporando também as influências germânicas e suíças da região.

Para quem procura algo mais simples, a cidade também reserva boas novidades. A maioria dos hotéis de categoria turística do centro passou por reformas e trocou o velho carpete por piso de madeira, TVs antigas por LCD e agora dispõe de conexão wi-fi para os clientes. Se quiser ir a restaurantes, lojas e baladas a pé, escolha um hotel entre as calles Mitre e Moreno (que se transforma na Avenida San Martin depois do Centro Cívico) e a Avenida 12 de Outubro.

Se preferir algo mais reservado e não se importar em gastar dinheiro com táxi, escolha os resorts da Avenida Bustillo e da Villa Llao Llao (na região do hotel de mesmo nome), ou mesmo o Alma del Lago. Independentemente de onde estiver hospedado, separe pelo menos um dia para compras nas lojinhas da Calle Mitre, a principal rua comercial de Bariloche.

Gastronomia – Bariloche seduz também pela gastronomia. A influência dos imigrantes é notável e saborosa. Há a famosa fondue dos suíços, o delicioso strudel dos alemães (obrigatório no restaurante Família Weiss), as massas caseiras dos italianos e, claro, a carne argentina e o cordeiro patagônico. Para os notívagos, a boa notícia é que agora existem mais lanchonetes e restaurantes que ficam abertos até de madrugada, como o Frawen’s, inaugurado no ano passado, que serve desde pratos tradicionais, como truta, até sanduíches. E o acon chegante Friends, que tem churros, tortas, pizzas e cerveja artesanal. A cidade, destino escolhido por muitos brasileiros durante o inverno por conta da neve, também produz chocolates irresistíveis e da mais alta qualidade.

História – Existem evidências da existência de assentamentos indígenas à beira do Lago Nahuel Huapi e na zona hoje ocupada pela cidade de Bariloche, prévios à chegada dos colonizadores brancos. Em meados do século XVII e início do século XVIII, a região recebeu missionários do Chile, dentre eles os padres Diego Rosales, Nicolás Mascardi, Felipe Laguna e Juan José Guillelmo.

O primeiro homem branco que chegou ao local foi o Dr. Francisco Pascasio Moreno, em 1876, na época com 23 anos. Explorador, geógrafo, antropólogo, legislador, educador e criador de instituições que tinham por objetivo o benefício público, Moreno recebeu do governo as terras no entorno do lago, como recompensa por serviços prestados na fronteira com o Chile, desde que fizesse ali uma reserva natural – o que, de fato,aconteceu.

Em 1895, um imigrante alemão, Karl (Carlos) Wierderhold, criou ali um armazém.  Em 1902, tornou-se a cidade de San Carlos de Bariloche. O nome veio justamente de Karl, combinado a Vuriloche, que era como se chamava uma colina ali próxima. Por conta desta origem, a arquitetura, principalmente na área central, lembra a de cidades alemãs e austríacas. Mais informações sobre o destino pelo site: www.barilochepatagonia.info.

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