Rebatizada, ex-Saigon lembra a colonização francesa e a guerra

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Ho Chi Minh surpreende por seus arranha-céus modernos e sua rica história

Antiga capital do Vietnã do Sul, Saigon presenciou a derrocada dos Estados Unidos na guerra que terminou em 1975. Com a reunificação, foi rebatizada de Ho Chi Minh, em homenagem ao líder comunista. Desde então, arranha-céus se multiplicaram e Saigon ganhou ares modernos, mas o rico passado histórico é o que atrai os turistas.

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O Museu da Guerra é parada obrigatória. Na entrada, tanques americanos, grandes helicópteros, aviões e muitos outros veículos que os norte-americanos deixaram no país são exibidos como troféus.

A maior parte do acervo é formado por fotografias das vítimas da guerra, aquelas que sofreram tortura ou nasceram deformadas por causa de desfolhantes químicos como napalm, o famoso “agente laranja”. No último andar, há uma exposição com imagens captadas por fotógrafos de diversos países que morreram no conflito.

A poucos metros dali, o Palácio da Reunificação (foto) foi construído para ser a casa do presidente do Vietnã do Sul e é um exemplo da arquitetura dos anos 1960. O lugar foi mantido preservado exatamente como era desde 30 de abril de 1975, quando foi invadido pelas forças do norte – a imagem da invasão, com tanques destruindo os portões, é um dos símbolos da reunificação do país e marca do fim da guerra. Os pontos altos são o porão e seu bunker de luxo, a área reservada onde vivia o presidente e a sala de reuniões (forrada com tecidos verdes, para “acalmar os ânimos”).

Festa na rua. Hoje, quem chega a Ho Chi Minh tem muitas opções de hospedagem. Na área de Dong Khoi ficam os melhores hotéis, com todo o charme deixado pela antiga colônia francesa. Já os mochileiros se reúnem em torno da Rua Pham Ngu Lao, com quartos de US$ 10 a US$ 60.

À noite, essa região se transforma em uma grande festa a céu aberto, com bares que colocam pequenas (pequenas mesmo!) mesas e bancos nas calçadas. Todos são virados para a rua, o que dá um aspecto de arquibancada aos bares. A diversão é assistir a quem passa por ali: turistas, prostitutas, vendedores e motos que ziguezagueiam entre os pedestres. Peça uma cerveja Saigon (R$ 1) e aprecie o espetáculo dos ambulantes, que carregam de frutas a balanças para medir altura e peso dos turistas. /A.P.

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Fonte: Estadão

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