Modernidade e tradição

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Dizem que ninguém volta igual depois de uma viagem à Índia. É verdade. E Nova Déli resume bem as contradições desse país que une a milenar cultura indiana com o que há de mais moderno no mundo. Nas ruas da capital, as vacas contrastam com os edifícios recém-construídos. As mulheres vestidas de sáris aparecem em carros do ano. Tudo em meio a um trânsito caótico, onde carros, motos, rickshaws e pedestres brigam por um espaço nas ruas cheias de lixo. Não é bobagem dizer que lembra o cenário de um filme. Para entender Nova Déli é preciso se despir de preconceitos e se abrir para receber uma nova cultura.

Na Índia é tudo muito barato, mas antes de comprar ou contratar um serviço é preciso negociar. A pechincha faz parte do comércio e para se dar bem é preciso ter paciência e cara de pau. Nunca pague mais do que a metade do valor oferecido inicialmente, principalmente em roupas ou artesanatos. Não demonstrar muito entusiasmo com o produto, também ajuda a baixar o preço. Só dá para ter certeza de quanto custam os refrigerantes, salgadinhos e bolachas industrializados. Eles vem com os valores marcados de fábrica na embalagem.

A Índia é um país extremamente religioso. Por onde se olha, há imagens de um dos milhares de deuses do hinduísmo, a religião mais comum. Brahma, Shiva e Vishnu são os mais importantes e foram responsáveis para a formação do mundo como é hoje. Outros deuses bastante adorados são o Ganesha (aquele que tem muitos braços e uma cabeça de elefante) e o Krishna (que anda tocando uma flauta). A entrada nos templos é permitida aos turistas, mas é preciso deixar os sapatos do lado de fora e as fotos são proibidas. Todos os dias, no final da tarde, preces religiosas são entoadas nas ruas ou nos templos.

Andar nas ruas em meio a um trânsito caótico – São Paulo é um exemplo de organização se comparada à Nova Déli-, não é fácil. Os carros não respeitam as faixas e é preciso “se jogar” para atravessar a rua. Por sorte, as condições das vias são muito ruins e os veículos não conseguem correr. A melhor maneira de cruzar a cidade são os rickshaws (triciclos motorizados que levam até três passageiros), mas nunca entre em um antes de negociar o preço.

Um pouco de conhecimento do vocabulário hindu pode ajudar na interação com as pessoas. Namaste é uma maneira respeitosa de se cumprimentar ou de se iniciar uma conversa. Os indianos têm muita curiosidade em conhecer os estrangeiros (não se espante se alguém pedir para tirar uma foto sua), e vão caprichar no inglês para conseguir se comunicar. Ram Ram significa boa sorte e é uma maneira mais informal, mas muito simpática, de saudação. Shukriáh ou Deniwad querem dizer obrigado.

No país dos marajás a pobreza está por todos os lados e a sujeira costuma ser um problema para os viajantes. As ruas estão cheias de excrementos das vacas, os homens têm o hábito de cuspir no chão e, em vez de coleta de lixo, em alguns lugares a sujeira é recolhida e depois queimada. Poucos lugares têm papel higiênico – mesmo em hotéis -, por isso é importante levar um rolo na mochila. Géis antissépticos ajudam a limpar as mãos antes das refeições e anti-histamínicos e colírios pode ser úteis aos alérgicos à poluição.

Do lado moderno está a vida noturna em Nova Déli, que é agitada como em poucas cidades da Índia. Centenas de bares e casas noturnas surgiram nos últimos anos e os mais animados oferecem pistas eletrônicas bombando até de madrugada. A cidade está cheia de boas opções de restaurantes de comida apimentada que podem custar de R$ 5 a R$ 50, além de refeições tipicamente ocidentais.

Como as indianas não andam sozinhas na rua, as turistas desacompanhadas vão inevitavelmente chamar atenção e ser alvo de assédio. Para se proteger, cubra sempre os braços e as pernas e não use roupas justas. Calças do estilo ‘ali-babá’ são uma boa pedida. Mas não deixe os contratempos tirarem seu humor. Aguce seus sentidos e se deixe levar pelos encantos de Nova Déli.

Fonte: UOL

Para mais informações: www.interpoint.com.br

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Tags :

índia, nova delhi, nova deli

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