País vizinho quer atrair mais brasileiros para eventos e outras atrações locais.

  O governo argentino desenvolve atrações para aumentar o fluxo de brasileiros aos seus pontos turísticos. Há emprenho em prospectar oportunidades de oferecer estrutura para o chamado turismo de reuniões, ou turismo corporativo. Mas o que há de mais sólido entre Brasil e Argentina ainda é o movimento de férias em ocasiões especiais.

  De maneira geral, o brasileiro se enquadra entre os visitantes que mais gastam, reconhecem os órgãos do setor de turismo argentino. Com a proximidade do inverno, o setor turístico daquele país se movimenta e cria condições para recepção aos brasileiros.

 

Marcela Cuesta, coordenadora do instituto de promoção turística da Argentina (Inprotur), esteve em São Paulo e confirmou o interesse em incrementar a ida de brasileiros e se vê encantada com o poder de compra da classe média emergente. Sua entidade também incentiva o turismo popular com foco na qualidade dos serviços e em preços acessíveis. Ela antevê resultados animadores com o convênio firmado entre nprotur e um grupo de operadoras do Brasil.

  Haverá disponibilidade de pacotes ao preço inicial de R$ 600 por dois dias de hospedagem em hotéis de primeira linha, incluindo passagem aérea e uma noite de tango. O valor pode ser parcelado em até 3 vezes. Sonho de consumo de muitos turistas, Bariloche e outras sete badaladas estações de esqui constam da programação.

 

Três perguntas a…

 

 

  MARCELA CUESTA

 Coordenadora do instituto de Promoção Turística da Argentina (Inprotur)

  O argentino garante: não trata os visitantes como se fosse números. O turista é bem recebido e chamado por nome e sobrenome. “O respeito a quem deixa sua casa para nos visitar é uma condição vital para qualquer área do turismo”, diz Marcela Cuesta.

 

 

 

1 – A Argentina deixa de focar o turista de renda maior?

Não há como privilegiar. Damos tratamento personalizado para que a estada seja mais agradável possível. Não tratamos os visitantes como um número. Chamamos a todos por nome e sobrenome.

 

2 – O que há de mais interessante para quem possui um poder de compra maior?

Vou criar uma alternativa entre as mais interessantes. Temos hotéis-butiques, com infra-instrutora sofisticada, dirigida por empresários cientes da necessidade de oferecer um diferencial dentro de um setor em que o nível já é reconhecidamente alto.

 

3 – Os hotéis-butiques são encontrados em que localidades? Qual é o preço da diária?

Em Buenos Aires, por exemplo, há uma associação muito ativa cuidando do padrão de qualidade e serviço. Orienta a instalação em bairros nobres como Santelmo e Palermo. O custo da estada vai de algo em torno de US$ 200 e pode chegar a US$ 1.500.