Ilha de Páscoa – A diferença entre ser viajante e ser turista

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Eu particularmente tenho pânico de fazer viagens em grupos. Tem o que se atrasa, o fresco, o chato, o que fala muito, o que não fala nada e só faz cara… É um inferno!!! A Ilha de Páscoa por outro lado, exige um grupo. É um local inóspito e com poucas informações sobre quem já foi, por isso a tal viagem em grupo acaba sendo uma opção a ser considerada. É ai que entra o Hotel Explora na nossa vida, que alívio… Eles fazem viagem, exploração, não turismo. Acredite, é muitoooooo diferente e você vai entender o porque!!

Pelo que li a rede Explora foi criada por uma família Chilena que adorava uma aventura, mas não abria mão do conforto essencial ao final do dia. Ta ficando bom, né?? Eles decidiram então criar hotéis em lugares inóspitos como Ilha de Páscoa, Deserto do Atacama e Patagonia. Só que a tal família Chilena tinha um bom gosto que não cabe nessas linhas, e fizeram um Hotel toppppp!!!!!!

O serviço é maravilhoso… A comida então, parecia que estávamos tomando café da manhã, almoçando e jantando todos os dias no melhor restaurante que já comi na vida, com a diferença que íamos de papete e meia dada pelo Hotel, simplesmente um luxo, como diria Ataíde Patreze (desenterrei, hein!!!)

São 30 quartos extremamente luxuosos, todos com uma janela gigantesca para uma vista majestosa da Ilha de Páscoa. O único problema é para casais em lua-de-mel como nós, a cama é estupidamente grande, logo ninguém se encontra a noite… Você deve estar se perguntando, até ai tudo bem, é mais um Hotel de luxo mundo afora!!! Mais ou menos, é nos passeios que o serviço do Explora mostra todo o seu diferencial.

Os passeios são divididos em turnos, pela manhã os mais extensos e pela tarde os mais curtos. Os grupos são divididos em no máximo 8 viajantes (eles não falam turistas), e todos são acompanhados por um guia Rapa Nui, nascido no local, que fala espanhol, inglês, francês e um portonhol arranhado. Só ai a viagem está paga, o nível de informação que você adquire ao sair com um “Personal Guide” não tem preço, especialmente em locais cheios de histórias e mistérios como a Ilha de Páscoa.

Todo dia a tarde o Guia se reunia conosco no lounge do hotel regado a muito champagne e quitutes (tudo incluso no pacote) para falar sobre o passeio do dia seguinte e abaixo vou relatar todos os passeios que fizemos e as minhas sinceras opiniões sobre cada um deles. Não vou entrar em histórias sobre a Ilha e muito menos sobre os Moais porque senão viraria um Wikipidia e não um Blog pessoal.

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1 dia a tarde: Ara O Te Moai (O primeiro contato com os Moais)

Duração: 2,5 horas – 4,5 Km caminhada

Pegamos uma Van exclusiva do Hotel e saímos para o primeiro contato com os Moais. O local é um parque a céu aberto, são mais de 350 Moais enfincados em toda a costa. Ali você entende como os Moais eram esculpidos nas pedras e depois transportados ao local desejado, tem o primeiro contato visual com os 15 Moais (Mahatua Ovahe), um dos cartões postais da ilha, e para finalizar faz uma visita até o vulcão Ranu Raraku. O passeio é muito bacana e deixa com um gosto do que vem por ai… Te faz ir dormir cheio de perguntas que até hoje não tenho respostas. Não pelos Guias que falam tudo, mas o local é misterioso mesmo!!!

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2 dia pela manhã: Ara o Te Tangata Manu (O homem pássaro e o Vulcão Ranu Kau)

Duração: 4 horas – 9 Km caminhada

Sair pra fazer uma caminhada de quase 10 km tem que estar na disposição e esse passeio definitivamente não é para qualquer um. Pessoas sedentárias não são bem-vindas!! A caminhada começa em uma encosta de mar plana e logo a brincadeira fica séria. Uma subida de quase 6 quilômetros até o vulcão de 45 graus de inclinação, se você não sabe o que isso significa, não entre nessa “roubada”. A caminhada é longa e cansativa, mas quando você chega no topo de um vulcão que tem 3,5 milões de anos e 1,6 km de diâmetro, você esquece tudo aquilo que passou!!! Foi um dos lugares mais incríveis que já visitei na vida, sem exagero!!! Saindo dali fomos conhecer um cliff que tem o visual para as ilhas onde acontecia o evento do Homem pássaro há milhares de anos para definir quem iria comandar a ilha por 1 ano caso vencesse a competição, uma espécie de Iron Man de antigamente. Foi nesse passeio que dei graças a Deus por ter escolhido o Explora como nossa base, encontramos grupos com mais de 50 pessoas fazendo apenas a parte do Homem pássaro e vendo o vulcão por um angulo comum, não o angulo que a gente chegou… Deu dó de ver a cara dos turistas cheio de perguntas e olhando para a nossa cara se perguntando de onde aqueles malucos haviam saído.

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2 dia a tarde: Mahatua Ovahe (Os quinze Moais e praia de Anakena)

Duração: 3,5 horas – 6 km caminhada

O segundo passeio do dia geralmente é mais curto para preservar as pernas cansadas da manhã. De Van mesmo conhecemos os quinze Moais, um dos principais cartões postais da Ilha de Páscoa, um monumento imponente e ideal para fazer aquela foto clássica se colocando como um dos quinze. Na sequencia andamos por mais uma encosta de mar plana até a praia de Anakena, a única com areia branca da Ilha. A praia é paradisíaca, tem agua clara, porém estava frio e não conseguimos aproveitá-la.

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3 dia pela manhã: Ahu Te Peu-Hanga Roa (Cavernas e os sete Moais virados pro mar)

Duração: 3,5 horas – 6,5 km de caminhada

A primeira parada foi nos sete Moais, os únicos que estão virados pro mar, todos os outros sem exceção, estão voltados para a ilha. Dizem que é para protegerem as pessoas que lá estão, já esses sete existe uma lenda que são os 7 navegadores que descobriram a Ilha, mas muita gente não acredita. Dali fomos até as cavernas, um local indescritível!! Entramos em duas, a primeira mais curta e simples, uma caverna como outra qualquer, já a segunda… Ela tem duas janelas com vista para o mar!! Na verdade, ela eram usadas antigamente como esconderijo para o povo Rapa Nui e quando estavam sendo atacados durante a guerra, tinham aquelas janelas e os penhascos como rota de fuga.

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3 dia a tarde: Museu e mercado artesanal.

O Museu é uma parada obrigatória de qualquer viajante curioso como nós. Ali encontra-se toda a história da Ilha, dá pra ver as ferramentas de como eram esculpidos os Moais, as teorias que foram criadas sobre o transporte de Moais, entre muitas outras curiosidades, é um passeio bacana. O mercado artesanal é a feirinha hippie deles e vale a pena pra comprar lembrancinhas e presentes pra sogra. A gente comprou um Moai de pedra vulcânica maravilhoso por 100 dólares.

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Ainda ficamos mais dois dias curtindo todas as regalias do Hotel Explora. Fizemos massagens com a Francisca e comemos até explodir (engordei 4 kg) mesmo como toda essa andança.

Abaixo algumas dicas muito úteis que o próprio Hotel indica para o viajante, como roupas e acessórios.

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