Ushuaia – Passeio no fim do mundo

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Ela fica nos confins da Argentina, mais perto da Antártica do que de Buenos Aires. Conheça a cidade onde esqui, gastronomia, história e natureza garantem diversão e glamour.
Você certamente conhece Bariloche, a vedete dos meses frios na Argentina, com seus hotéis badalados, suas pistas de esqui lotadas e seus agitos. Tudo bem, a cidade andina é relamente muito bacana. Mas não é a única quando o assunto é turismo de inverno e montanha – e, para muitos, nem a melhor. Ushuaia, no extremo sul do país, tornou-se nos últimos anos destino certo de quem busca glamour, tranqüilidade e cenários inusitados. Ali está uma das raríssimas estações de esqui do mundo com vista com vista para o mar – o Complexo Martial – , assim como o centro de esportes de inverno mais austral do planeta: o de Cerro Castor. Sem falar no exótico Parque Nacional da Terra do Fogo, nos deliciosos restaurantes de inspiração patagônica, nas boas compras (trata-se de uma zona franca) e nos sítios históricos – como a Prisão do fim do Mundo e o Monumento Malvinas Argentinas.
O maior “defeito” de Ushuaia é, ao mesmo tempo, aquilo que a torna tão preservada e exclusiva: o isolamento geográfico. A cidade se localiza na Terra do Fogo, às margens do Canal de Beagle, o rincão mais longínquo da América do Sul. Para se ter idéia, econtra-se a 3.218 quilômetros da capital, Buenos Aires – o equivalente a três vezes a distância entre São Paulo e Brasília. Em contrapartida, a Antártica está ali pertinho, a menos de 700 quilômetros. Não é só isso: a cidade também fica separada do restante do território argentino pela Cordilheira dos Andes. É a única porção do país de Maradona que está “do outro lado” da cadeia de montanhas – ou seja, a sudoeste.
Por esse motivo, demorou muito até que o progresso e o turismo chegassem por aquelas terras. Durante séculos, nada mais que pequenas estações baleeiras e colônias de pescadores dominaram a paisagem. Só em 1903 uma grande leva de pessoas chegou: crimonosos de todos os tipos, condenados a passar o resto da vida num edifício batizado de “Prisão do Fim do Mundo”. Com o tempo, os presos de bom comportamento acabavam soltos e preferiam estabelecer-se ali mesmo, em vez de voltar para Buenos Aires. Dessa forma, a mão de obra barata atraiu atividades diversas: da pesca industrial às pequenas fábricas de roupas, das fazendas de criação de ovelhas a um incipiente turismo. Mesmo depois que a prisão foi desativada, em 1947, a cidade continuou a crescer.
Não bastasse isso, as ambições territorialistas dos governates argentinos em relação à Antártica tranformaram Ushuaia num ponto estratégico. Não admira que hoje em dia seja habitada por mais de 60 mil pessoas e atraia quase o mesmo número de turistas a nualmente. Por sinal, Ushuaia é a cidade “mais austral do mundo”. Seres humanos ao sul delaa? Apenas uns poucos na vila militar chilena de Puerto Willians e nas bases de pesquisa da Antártica.
Se antigamente a Prisão do Fim do Mundo levava todo tipo de degradados a Ushuaia, anualmente ela atrai milhares de visitantes endinheirados. É um ícone da região, transformada em um caprichado museu dividido em várias áreas. No amplo saguão central, por exemplo, ocorrem exposições de arte e eventos culturais. Vez por outra, o lugar é adaptado para receber mostras de cinema. Dali, se pode acessar a Ala Histórica, que preserva as celas como elas eram no século passado. Existem painéis com relatos impressionantes dos prisioneiros – muitos deles famosos, como o anarquista ucraniano Simón Radowitzky, célebre pelas ações políticas realizadas na América do Sul e por ter participado da Guerra Civil Espanhola. E mais: há estátuas e pinturas dos mesmos, dentro de suas respectivas celas.
Na outra ala da prisão, foi montado o Museu Marítimo, que conta com toda  a história da conquista dessa gelada e perigosa porção da América. Vale lembrar que por aqui passaram figuras importantes como o navegador português Fernão de Magalhães, no século 16, e o naturalista inglês Charles Darwin, no século 19. Sem contar a proximidade do Cabo Horn – o ponto de terra mais extremo do continente, conhecido pelo clima ameaçador, responsável por centenas de naufrágios e tragédias navais ao longo dos últimos 500 anos. Tudo isso está retratado no museu.
Do lado de fora da prisão fica outra grande atração turística de Ushuaia: o Trem do Fim do Mundo. Ele rememora os tempos românticos das marias-fumaças. Era usado para transporte de carga entre a cidade e as fazendas da região. Hoje, leva os visitantes até o preservadíssimo Parque Nacional da Terra do Fogo.
A viagem é relativamente curta: apenas 8 quilômetros, percorridos em cerca de 50 minutos. Em vagões charmosos, com amplas janelas, você avista as paisagens que margeiam o Rio Pipo. São belos vales forrados de coigues e lengas – duas espécies de árvores coníferas que só existem nos soes dos Andes.
No meio do caminho, surge uma das raríssimas comunidades remanescentes dos ídios yamanas, uma etnia que ocupa a região h[a 6 mil anos e que foi dizimada após a colonização espanhola por não aceitar a aculturação e o modo de vida europeu.
Uma vez no parque nacional, há diversos passeios, guiados ou não. Pode-se explorar o recamo, guiados ou não. Pode-se explorar o recanto natural de bicicleta ( alugada a 40 pesos em média), a cavalo (60 pesos) ou a pé mesmo. São quatro trilhas de níveis de dificuldade variados – a maior delas com 6,4 quilômetros -, passando por lagunas, bosques, montanhas e mirantes. Não bastasse a vegetação colorida (sobretudo no outono), há os animais exóticos, como os esquisitos gansos counquen e o simpático zorro gris – uma rapozinha cinzenta curiosa, que adora se aproximar dos humanos.
O parque nacional é mais convidativo no verão e na primavera – já que se trata de uma região sujeita a nevascas no outono e no inverno. Nas estações frias, o que atrai os turistas são os dois centros de esportes de inverno. Um deles fica praticamente dentro da cidade. É o complexo Invernal Martial, uma pequena pista de esqui no Glaciar Martial. Essa enorme língua de gelo desce pela montanha que delimita Ushuaia ao norte. Assim, quem anda pelas ruas e avenidas avista ao longe os esquiadores e vice-versa.
Como tudo ali está às margens do Canal de Beagle, ocorre uma situação muito rara: os praticantes de esqui e snowboard podem apreciar o oceano enquanto descem a montanha – algo possível somente em estações temporárias (que duram poucos dias), como Mauna Kea, no Havaí.
Por sinal, ainda na área urbana, uma enorme pista de patinação no gelo se forma nos meses de inverno, entre junho e setembro.
É a Bahia Encerrada, bem defronte ao Aeroporto Malvinas Argentinas, que fica numa penísula em frente à orla.
A despeito dessas duas opções de lazer de inverno, o grande chamariz para os fãs de atividades na neve é o Cerro Castor. Essa estação de esqui localizada a 15 quilômetros do centro é uma das mais disputadas do planeta pelos fãs do esporte. A começar pela sua “juventude”: ela existe há apenas cinco anos, e ainda é uma sedutora novidade no mundo dos esportes de frio.
Também chama a atenção a longa duração de sua temporada, a maior de toda América do Sul: do começo de Julho a meados de outubro. E, por fim, a boa variedade de modalidades permitidas. A estação em si está 195 metros acima do nível do mar, mas o cume vai a 1.057 metros de altitude. Assim, o desnível chega aos 800 metros, que podem ser aproveitados ao longo de 20 quilômetros distribuídos em 24 pistas. O esqui de fundo é a prática mais destacada, com circuitos que cruzam os bosques de lengas.
Mas quem vai a Ushuaia encontra mais que paisagens idílicas, museus e esportes de inverno. A cidade é uma zona franca. Não há impostos, o que instiga os impulsos consumistas. Perfumes, bebidas, chocolates e cosméticos são achados a preços muito convidativos na rua San Martin. São cerca de 50 lojas, das quais se destacam Duty Free (sim, é esse o nome!) e Vraie. Nelas, além de presentes e artigos finos, há roupas de inverno.
Para calçados, a Popper, também na Rua San Martin, é a pedida, enquanto os melhores chocolates e frios defumados podem ser achados na LÍRIOS DE Patgônia, dento do Ushuaia Shopping Center.
Deu fome? Pois saiba que outra característica marcante desse “fim de mundo” é a gstronomika. Isso porque tanto os frutos do mar quanto as carnes são preparadas de forma muito peculiar, neste lugar que por séculos ficou afastado das influências culturais euroéias ou americanas. Espere ver, por exemplo, vários parrilladas senso assadas na entrada dos restaurantes, cortes de carnes e os miúdos dispostos em estacas, sob fogueiras rústicas, que simulam um churrasco ao ar livre.
Por preços módicos como 40 pesos (cerca de 18 reais), dá para experimentar uma boa carne ou mesmo um dos generosos lomitos- os sanduíches típicos argentinos, feito de carne de cordeiro, presunto e ovo.
Para quem quer algo mais refinado, há restaurantes de alta gastronomia. Vide o Kaupé, onde é possível degustar iguarias como o crepe de centolla (caranguejo gigante) ao molho de açafrão, acompanhado de salada e entradas por 220 pesos (cerca de 100 reais). Pode parecer caro, mas trata-se de um restaurante com vista para o mar e cardápio premiado por vários guias internacionais.
Um meio-termo? Sim existe. É o caso do Bodegón Fueguino, talvez o mais acolhedor bar de Ushuaia. Numa pequena casa de madeira, com lareira e sofás à mostra, servem-se petiscos que vão desde as lingüiças de carneiro típicas da Terra do Fogo até as chamadas picadas – porçõezinhas de petisco variados, idéias para comer enquanto se toma um bom vinho, num bate-papo com os amigos. Ou com os próprios donos e funcionários. Em uma localidade que por tanto tempo ficou isolada do mundo, não há habitante que resista a uma boa prosa com quem vem de fora. É só aproveitar.
Ela fica nos confins da Argentina, mais perto da Antártica do que de Buenos Aires. Conheça a cidade onde esqui, gastronomia, história e natureza garantem diversão e glamour.

Ushuaia
Você certamente conhece Bariloche, a vedete dos meses frios na Argentina, com seus hotéis badalados, suas pistas de esqui lotadas e seus agitos. Tudo bem, a cidade andina é relamente muito bacana. Mas não é a única quando o assunto é turismo de inverno e montanha – e, para muitos, nem a melhor. Ushuaia, no extremo sul do país, tornou-se nos últimos anos destino certo de quem busca glamour, tranqüilidade e cenários inusitados. Ali está uma das raríssimas estações de esqui do mundo com vista com vista para o mar – o Complexo Martial – , assim como o centro de esportes de inverno mais austral do planeta: o de Cerro Castor. Sem falar no exótico Parque Nacional da Terra do Fogo, nos deliciosos restaurantes de inspiração patagônica, nas boas compras (trata-se de uma zona franca) e nos sítios históricos – como a Prisão do fim do Mundo e o Monumento Malvinas Argentinas.
fin_del_mundoO maior “defeito” de Ushuaia é, ao mesmo tempo, aquilo que a torna tão preservada e exclusiva: o isolamento geográfico. A cidade se localiza na Terra do Fogo, às margens do Canal de Beagle, o rincão mais longínquo da América do Sul. Para se ter idéia, econtra-se a 3.218 quilômetros da capital, Buenos Aires – o equivalente a três vezes a distância entre São Paulo e Brasília. Em contrapartida, a Antártica está ali pertinho, a menos de 700 quilômetros. Não é só isso: a cidade também fica separada do restante do território argentino pela Cordilheira dos Andes. É a única porção do país de Maradona que está “do outro lado” da cadeia de montanhas – ou seja, a sudoeste.
Por esse motivo, demorou muito até que o progresso e o turismo chegassem por aquelas terras. Durante séculos, nada mais que pequenas estações baleeiras e colônias de pescadores dominaram a paisagem. Só em 1903 uma grande leva de pessoas chegou: crimonosos de todos os tipos, condenados a passar o resto da vida num edifício batizado de “Prisão do Fim do Mundo”. Com o tempo, os presos de bom comportamento acabavam soltos e preferiam estabelecer-se ali mesmo, em vez de voltar para Buenos Aires. Dessa forma, a mão de obra barata atraiu atividades diversas: da pesca industrial às pequenas fábricas de roupas, das fazendas de criação de ovelhas a um incipiente turismo. Mesmo depois que a prisão foi desativada, em 1947, a cidade continuou a crescer.
Não bastasse isso, as ambições territorialistas dos governates argentinos em relação à Antártica tranformaram Ushuaia num ponto estratégico. Não admira que hoje em dia seja habitada por mais de 60 mil pessoas e atraia quase o mesmo número de turistas a nualmente. Por sinal, Ushuaia é a cidade “mais austral do mundo”. Seres humanos ao sul delaa? Apenas uns poucos na vila militar chilena de Puerto Willians e nas bases de pesquisa da Antártica.
Se antigamente a Prisão do Fim do Mundo levava todo tipo de degradados a Ushuaia, anualmente ela atrai milhares de visitantes endinheirados. É um ícone da região, transformada em um caprichado museu dividido em várias áreas. No amplo saguão central, por exemplo, ocorrem exposições de arte e eventos culturais. Vez por outra, o lugar é adaptado para receber mostras de cinema. Dali, se pode acessar a Ala Histórica, que preserva as celas como elas eram no século passado. Existem painéis com relatos impressionantes dos prisioneiros – muitos deles famosos, como o anarquista ucraniano Simón Radowitzky, célebre pelas ações políticas realizadas na América do Sul e por ter participado da Guerra Civil Espanhola. E mais: há estátuas e pinturas dos mesmos, dentro de suas respectivas celas.
Na outra ala da prisão, foi montado o Museu Marítimo, que conta com toda  a história da conquista dessa gelada e perigosa porção da América. Vale lembrar que por aqui passaram figuras importantes como o navegador português Fernão de Magalhães, no século 16, e o naturalista inglês Charles Darwin, no século 19. Sem contar a proximidade do Cabo Horn – o ponto de terra mais extremo do continente, conhecido pelo clima ameaçador, responsável por centenas de naufrágios e tragédias navais ao longo dos últimos 500 anos. Tudo isso está retratado no museu.
Do lado de fora da prisão fica outra grande atração turística de Ushuaia: o Trem do Fim do Mundo. Ele rememora os tempos românticos das marias-fumaças. Era usado para transporte de carga entre a cidade e as fazendas da região. Hoje, leva os visitantes até o preservadíssimo Parque Nacional da Terra do Fogo.
A viagem é relativamente curta: apenas 8 quilômetros, percorridos em cerca de 50 minutos. Em vagões charmosos, com amplas janelas, você avista as paisagens que margeiam o Rio Pipo. São belos vales forrados de coigues e lengas – duas espécies de árvores coníferas que só existem nos soes dos Andes.
estacion_fin_del_mundo
No meio do caminho, surge uma das raríssimas comunidades remanescentes dos ídios yamanas, uma etnia que ocupa a região h[a 6 mil anos e que foi dizimada após a colonização espanhola por não aceitar a aculturação e o modo de vida europeu.
Uma vez no parque nacional, há diversos passeios, guiados ou não. Pode-se explorar o recamo, guiados ou não. Pode-se explorar o recanto natural de bicicleta ( alugada a 40 pesos em média), a cavalo (60 pesos) ou a pé mesmo. São quatro trilhas de níveis de dificuldade variados – a maior delas com 6,4 quilômetros -, passando por lagunas, bosques, montanhas e mirantes. Não bastasse a vegetação colorida (sobretudo no outono), há os animais exóticos, como os esquisitos gansos counquen e o simpático zorro gris – uma rapozinha cinzenta curiosa, que adora se aproximar dos humanos.
O parque nacional é mais convidativo no verão e na primavera – já que se trata de uma região sujeita a nevascas no outono e no inverno. Nas estações frias, o que atrai os turistas são os dois centros de esportes de inverno. Um deles fica praticamente dentro da cidade. É o complexo Invernal Martial, uma pequena pista de esqui no Glaciar Martial. Essa enorme língua de gelo desce pela montanha que delimita Ushuaia ao norte. Assim, quem anda pelas ruas e avenidas avista ao longe os esquiadores e vice-versa.
Como tudo ali está às margens do Canal de Beagle, ocorre uma situação muito rara: os praticantes de esqui e snowboard podem apreciar o oceano enquanto descem a montanha – algo possível somente em estações temporárias (que duram poucos dias), como Mauna Kea, no Havaí.
Por sinal, ainda na área urbana, uma enorme pista de patinação no gelo se forma nos meses de inverno, entre junho e setembro.
É a Bahia Encerrada, bem defronte ao Aeroporto Malvinas Argentinas, que fica numa penísula em frente à orla.
A despeito dessas duas opções de lazer de inverno, o grande chamariz para os fãs de atividades na neve é o Cerro Castor. Essa estação de esqui localizada a 15 quilômetros do centro é uma das mais disputadas do planeta pelos fãs do esporte. A começar pela sua “juventude”: ela existe há apenas cinco anos, e ainda é uma sedutora novidade no mundo dos esportes de frio.
Também chama a atenção a longa duração de sua temporada, a maior de toda América do Sul: do começo de Julho a meados de outubro. E, por fim, a boa variedade de modalidades permitidas. A estação em si está 195 metros acima do nível do mar, mas o cume vai a 1.057 metros de altitude. Assim, o desnível chega aos 800 metros, que podem ser aproveitados ao longo de 20 quilômetros distribuídos em 24 pistas. O esqui de fundo é a prática mais destacada, com circuitos que cruzam os bosques de lengas.
Mas quem vai a Ushuaia encontra mais que paisagens idílicas, museus e esportes de inverno. A cidade é uma zona franca. Não há impostos, o que instiga os impulsos consumistas. Perfumes, bebidas, chocolates e cosméticos são achados a preços muito convidativos na rua San Martin. São cerca de 50 lojas, das quais se destacam Duty Free (sim, é esse o nome!) e Vraie. Nelas, além de presentes e artigos finos, há roupas de inverno.
Para calçados, a Popper, também na Rua San Martin, é a pedida, enquanto os melhores chocolates e frios defumados podem ser achados na LÍRIOS DE Patgônia, dento do Ushuaia Shopping Center.
Deu fome? Pois saiba que outra característica marcante desse “fim de mundo” é a gstronomika. Isso porque tanto os frutos do mar quanto as carnes são preparadas de forma muito peculiar, neste lugar que por séculos ficou afastado das influências culturais euroéias ou americanas. Espere ver, por exemplo, vários parrilladas senso assadas na entrada dos restaurantes, cortes de carnes e os miúdos dispostos em estacas, sob fogueiras rústicas, que simulam um churrasco ao ar livre.
Por preços módicos como 40 pesos (cerca de 18 reais), dá para experimentar uma boa carne ou mesmo um dos generosos lomitos- os sanduíches típicos argentinos, feito de carne de cordeiro, presunto e ovo.
Para quem quer algo mais refinado, há restaurantes de alta gastronomia. Vide o Kaupé, onde é possível degustar iguarias como o crepe de centolla (caranguejo gigante) ao molho de açafrão, acompanhado de salada e entradas por 220 pesos (cerca de 100 reais).
Pode parecer caro, mas trata-se de um restaurante com vista para o mar e cardápio premiado por vários guias internacionais.
Um meio-termo? Sim existe. É o caso do Bodegón Fueguino, talvez o mais acolhedor bar de Ushuaia. Numa pequena casa de madeira, com lareira e sofás à mostra, servem-se petiscos que vão desde as lingüiças de carneiro típicas da Terra do Fogo até as chamadas picadas – porçõezinhas de petisco variados, idéias para comer enquanto se toma um bom vinho, num bate-papo com os amigos. Ou com os próprios donos e funcionários. Em uma localidade que por tanto tempo ficou isolada do mundo, não há habitante que resista a uma boa prosa com quem vem de fora. É só aproveitar.

Por Paulo D’Amaro

Veja alguns roteiros para Ushuaia:


Tags :

argentina, Radowitzky, ushuaia

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